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Clóvis Medeiros: “Mundo velho sem porteira…”

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Aqui estou eu escrevendo, de novo, sobre o caráter dos políticos. Ou da falta dele. Este tema é mais antigo do que andar a pé. Cada vez mais raros os honestos. Quando algum deles se manifesta apregoando inocência e pureza de caráter não convence nem uma criança de cinco anos. É em nome desses “líderes” que vou escrever estes comentários. Não vou citar nomes porque a maioria nem merece ser lembrada. Nesse universo muitos são figuras repulsivas. Alguns conhecidos ladrões, julgados, condenados e depois perdoados pela justica desfilam sua arrogância alegando uma pureza que nunca existiu. Exibem suas patagoadas em comatoso estado de arrogância, talvez imaginando que o povo é tolo, cego e surdo, sem memória. Em verdade parece que o povo se acostumou com a corrupção. Na verdade é o próprio povo, como eleitor, que elege seus governantes. Seria cômico se não fosse tragico. Num município próximo onde nasci, o vereador mais votado é sempre aquele que mais compra votos. Portanto o mais corrupto. Nesse caso eleito e eleitor são corruptos.

Certo dia, um desses eleitores se queixou a mim que quando precisou dos services do vereador este lhe respondeu: não te devo nada, já te paguei. Bem feito. “Cria cuervos y te comerán los ojos”. O tema é fascinante. Não vou me abster, como escriba, de criticar o “mal feito”, como dizia a ex Presidente Dilma.  Não sou um provinciano indiferente. Tenho ideias próprias. E o Sol de outono me faz refletir, além de fazer brilhar minha calvície. Detesto a verdade conspurcada, alterada. Escrever em um jornal exige profissionalismo e seriedade. É ilegal o que está acontecendo com jornalistas e redações que enveredaram para um jornalismo de militância. Capachos. O povo está desencantado com os noticiários que fazem propaganda oficial do governo. A maioria absoluta da imprensa se presta a esse vil papel. Não sei se por dinheiro de publicidade ou por ideologia. Escrevo na contramão do modelo jornalístico atual.

Escrevo e falo porque não sou omisso. O padre Vieira costumava dizer que a omissão é o pecado que mais se costuma cometer. Costumo elogiar quando merecido; costume criticar erros e omissões.  Por exemplo. Sempre que tenho a oportunidade me refiro a Ministros do STF que sobrelevaram a toga forense. Ayres Brito, Cézar Peluso e outros. Atualmente a impressão que se tem é de que o Judiciário joga contra nossos princípios. Os infratores são absolvidos como se puros fossem. Queremos apenas um STF  justo, imparcial, que atue de forma independente e de acordo com as leis. Me valho de referências para dizer isto. E nem falamos nos critérios de nomeação. O próximo seria o ex advogado de quem indica? Por notório saber ou por notória identificação ideológica?

Quanto mais me informo, mais perplexo fico. Me pergunto porque um Ministro, um politico, um ex Presidente,  tem que ter um séquito tão grande de funcionários? Eu estava no Rio de Janeiro, com minha família, domingo passado. Um grupo chamou nossa atenção. Era o Ministro do STF, Dias Toffoli chegando a Lagoa Rodrigo de Freitas, com seis seguranças. Quanto custa para nós, pagadores de impostos, um homem desses? E as comitivas presidenciais, viajando pelo mundo, duzentas, trezentas pessoas? E quanto aos jatos da FAB, solicitados por Ministros, Presidentes de Câmara, Senado? Nem Uber faz tanta corrida. Porque queimam aeronaves dos garimpos se poderiam usar nos serviços públicos?

O pior é que um governo tão caro não produz excelência qualitativa. A megalomania presedencial nos leva ao ridículo ou a coisa pior. Nosso Presidente aspira receber o Prêmio Nobel da Paz. Menos, menos. Quando o mundo se volta contra a Rússia, repudia a invasão da Ucrânia, o Brasil toma o partido da Rússia, na contramão da opinião mundial, o que pode e vai prejudicar nosso país. Nunca fomos nem devemos ser um país de puxa sacos. Tendendências ideológicas não são unanimidade dos brasileiros. Quando o país e a opinião pública condenam as invasões do MST, um movimento revolucionário, criminoso,  seu líder é convidado a fazer parte da comitiva presidencial para viajar até a China. Afinidade ideologica ou esqualidez moral? E não fica bem a primeira dama comprar com o dinheiro dos impostos mesa de duzentos mil reais, sofa de quarenta mil reais para o palácio, quando o discurso base é acabar com a miséria. Miséria de quem?

Alguém me falou: —Não fala do Lula na frente de um comunista. Falo. Ainda acredito em liberdade de pensamento, expressão, manifestação.

Clóvis Medeiros

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