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Alunos do Yeté promovem projeto exaltando trabalhos dos idosos

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Orientados pela Professora de História, na disciplina de Direitos Humanos, Simone Chaves Duarte, alunos do 2º ano A1 da Escola Yeté, desenvolveram um interessante projeto que tem como objeto o respeito ao trabalho desenvolvido por idosos no município de Tuparendi.

O Projeto parte da premissa que o  envelhecimento faz parte da vida e sua proteção é um direito social, conforme prevê a  Constituição Federal sob a Lei nº 10.741/2003,  sendo  obrigação da família, da sociedade e da comunidade a proteção e a efetivação de todos os direitos, incluindo é claro, os idosos.

De acordo com o enunciado do projeto, o  município de Tuparendi possui  vários idosos que mesmo após a aposentadoria estão atuantes no mercado de trabalho, mostrando sua força e coragem nestes tempos modernos. Os alunos entrevistaram alguns idosos, todos eles com mais de  75 anos, a partir da premissa dos Direitos dos Idosos na Constituição Federal Brasileira, embasados em leis estaduais e municipais. Em Tuparendi temos mais ou menos 2.366 idosos que segundo a lei são pessoas acima de 60 anos, que gozam de vários direitos devido sua idade. Entre eles preferência em filas, em nomeação de concursos, passagens ,isenção de IPTU, cultura, dignidade  entre outros benefícios que lhes é assegurado por lei.

Veja abaixo algumas entrevistas feitas pelos alunos do Yeté:

Nita Rajahn Reips

Atualmente com  75 anos, viúva, nascida em Santa Lúcia interior de Tuparendi. Trabalha ainda na sua lavoura por puro prazer.  Ela  vive e trabalha em Três Fazendas interior de Tuparendi. Aposentada como agricultora,  conhece muitas pessoas de idade avançada que ainda trabalham. Nita trabalha na lavoura desde os 15 anos, mas começou desde muito nova a ajudar na casa. Não faz uso de nenhum medicamento, as vezes faz uma caminhada. Quando iniciou sua jornada de trabalho era muito mais difícil do que hoje, ela ajudou seu pai a serrar o mato com cerrote a mão para fazer lavoura e vender as toras para fazer sua casa. Conta que  tinha que lavrar a roça com arado de boi e capinar, trabalhava-se o dia inteiro na lavoura e a noite para enxergar usava-se lampião. “Nita acredita que nós jovens temos motivação para trabalhar, mas não como era antigamente, sendo que hoje tem mais opções de trabalhos”

Alunas(o):Caroline Ropke Reips,Ketlin Raíssa dos Santos,Mateus Zielke Friske.

Alunos do Yeté promovem projeto exaltando trabalhos dos idosos

Ghert Ivo Schic

Nascido em 16/02/1939 em Tuparendi, com 84 anos, o senhor Ghert Ivo Schic ainda atua como agricultor, mas não por necessidade e sim por gostar do serviço. Ele tem isso como seu passa tempo, pois para ele é importante manter-se ocupado com alguma coisa. O senhor Ghert é viúvo e aposentado como agricultor, trabalhou nesta função desde os 5 anos de idade, quando iniciou sua função como agricultor, foi bem difícil, pois eram trabalhos pesados e tudo feio à mão.

Alunas: Tais Cierkoski, Natalia Cierkoski, Paula Luiza Turra.

Professora: Simone Chaves Duarte.

Alunos do Yeté promovem projeto exaltando trabalhos dos idosos

Marcelino Boer

Marcelino Boer, nascido em 6 de abril de 1943, atualmente com 80 anos, é um exemplo inspirador de determinação e busca constante por ocupação e renda, mesmo sendo aposentado desde 1997.

Marcelino é casado e vive uma vida repleta de energia, buscando sempre novos desafios. Ele trabalha como bartender  e cabeleireiro em seu estabelecimento comercial localizado na Avenida Tucunduva, número 2224, que também serve como seu endereço residencial. Seu empreendimento, uma barbearia que se transformou também em um bar em 1998, é frequentado por pessoas de todas as idades, que admiram sua habilidade em deixar seus clientes com um visual impecável e seus produtos.

A vida profissional de Marcelino é repleta de experiências variadas. Ele começou a trabalhar como cabeleireiro em 1959, aos 16 anos, após fazer um curso no ano anterior. Com um forte desejo de aprender e aperfeiçoar essa arte, Marcelino abriu sua própria barbearia, atendendo a comunidade local e construindo uma clientela fiel ao longo dos anos.

Além de sua carreira como cabeleireiro, Marcelino também teve uma trajetória marcante como agricultor. Desde os 5 anos, ele auxiliava sua família no cultivo de alimentos. Foram 43 anos e 2 meses dedicados ao trabalho, até a aposentadoria, demonstrando sua incrível resistência e comprometimento.

Apesar de já ter alcançado a aposentadoria, Marcelino continua trabalhando como forma de obter renda e manter-se ativo. Ele acredita que o trabalho é essencial para sua saúde física e mental, além de proporcionar uma ocupação significativa em sua rotina diária. O protagonista dessa história inspiradora também faz uso de medicamentos e pratica exercícios físicos, especialmente caminhadas, que o mantêm em forma e com disposição para enfrentar os desafios do dia a dia.Alunos do Yeté promovem projeto exaltando trabalhos dos idosos

Durante nossa entrevista, Marcelino compartilhou uma lembrança marcante de sua infância. Aos 12 anos, ele viveu um inverno rigoroso, com um clima frio como nunca havia presenciado antes. O gelo impressionou profundamente o jovem Marcelino, que ficou admirado com a beleza e a dureza da geada que cobria a paisagem. Esse evento meteorológico durou 14 dias e deixou uma marca indelével em sua memória.

Ao refletir sobre a atual geração de jovens, Marcelino expressou sua preocupação, afirmando que muitos estão desmotivados e não compreendem o valor do trabalho árduo. Ele acredita que a perseverança, a dedicação e a busca incansável por aprimoramento são virtudes que os jovens de hoje precisam resgatar para obter sucesso e satisfação na vida.

Alunos: Renan Rodrigues, Hélio Natanael Filipowitz, Henrique Müller Kramer

Professora: Simone Chaves Duarte.

Arnildo Zimmermann

Nascido em  31/03/1945,  atualmente está com 78 anos e ainda atua no mercado de trabalho. Arnildo nasceu em Tuparendi e continua morando no município até hoje.Sua ocupação atual é de vendedor em seu bar próprio localizado na Avenida Tucunduva. Ele alega que isso é uma forma de passatempo para o seu dia a dia.

Ele conta que em sua vida trabalhou 52 anos, também atuou em um mercado por alguns anos onde adquiriu conhecimento e iniciou as vendas no bar. Hoje em dia faz o uso de alguns medicamentos e não pratica nenhum exercício físico.

Pedimos a ele que visão ele tinha sobre a motivação dos jovens para o trabalho nos dias atuais e ele finalizou dizendo:”é importante trabalhar para conquistar aquilo que queremos para o nosso futuro”.

Alunos: Daiane Kock Czevmansk,Eduarda Garcia dos Santos,Fabiano Zaboski Bugs, Emerson Fielder.

Professora: Simone Chaves Duarte.

Alunos do Yeté promovem projeto exaltando trabalhos dos idosos

Helmuth Nachtigall

O senhor Helmuth Nachtigall de 86 ainda trabalha como mecânico em uma oficina na cidade de Tuparendi. Seu  Helmuth é nascido na Polônia e  completou seu primeiro ano de idade em um navio vindo para o Brasil como refugiado. Ele  é casado e ja é aposentado, porém, continua a trabalhar para sobreviver e apesar de tomar alguns remédios rotineiros ainda continua a praticar exercícios físicos como a sua caminhada. Helmuth é um idoso feliz com sua vida e seu trabalho e conta belas histórias sobre sua vida…

Alunos: Arthur Henrique Binn,Pedro Antônio Lehr,Vitor Cappellari

Professora: Simone Chaves Duarte.

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