Há poucos dias escrevi uma crônica na qual lembrava que há 500 anos perdemos tempo, erramos, involuntária ou dolosamente. O brasileiro é inteligente, trabalhador, compatível com a superação do subdesenvolvimento. Temos riquezas naturais enormes, clima favorável, amplo território. Poderíamos ter índices mais avançados em mortalidade infantil, controle de doenças, progresso científico. Mas continuamos com dados vergonhosos no quesito água tratada, esgoto. Segundo alguns políticos estamos longe de eliminar a fome, a miséria (segundo a Ministra Marina Silva, temos 130 milhões de famintos no Brasil), nossa mortalidade infantil é ainda alta.
Continuamos, como a vizinha Argentina, cometendo erros trágicos que apequenam nossos países. Escolhas políticas erradas, risíveis, irresponsáveis nos levam a descrença. Gastança irresponsável, projetos que a nada levam, ausência de ajuste fiscal, falta das reformas necessárias. Temos que gastar melhor, precisamos de estadistas sérios, competentes, que não se dediquem a citar ininterruptamente os erros de governos anteriores. Repetem cansativamente a retórica da “herança maldita”. Culpam todos, menos eles. Pura ideologia. Precisamos de disciplina, organização, competência gerencial. Promovam o debate de forma democrática e não com autoritarismo que deslumbra uns e envergonha outros. Embora impotente, sinto revolta, indignação constante. É muita mentira, muita farsa, muito ódio, maldade, perseguição, arbitrariedade. O povo está com o fígado cansado de tanta iniqüidade e tanta separação social. Precisamos avançar, retomar nosso crescimento. Precisamos da nossa plena liberdade de expressão. Sem ela não há democracia.
Podemos ter relevância no contexto regional mas não da forma com que está se vislumbrando. O que se apresenta está no terreno puramente ideológico. Financiar ditaduras com baixo nível de governança e transparência governamental e em direitos humanos, péssima reputação em honrar compromissos financeiros, é péssimo e irresponsável. Nenhuma novidade no ar. Nada de novo no front. Ouvimos de parte de autoridades máximas da nação que através do BNDES, vamos financiar, obras em países como Cuba, Venezuela, Nicarágua, Argentina…Somente os calotes de dois desses países, Cuba e Venezuela, somam 2,7 bilhões de reais. Como não ocorreu o pagamento assumido com o Brasil por parte desses países caloteiros, o BNDES, acionou o Fundo Garantidor de Exportações. Ou seja, quem está pagando a dívida de Cuba e da Venezuela é o contribuinte brasileiro. O carinho de Lula com ditaduras comunistas pode nos custar muito caro.
Hipocrisia é afirmar que não foi possível aumentar mais do que R$ 28,00 no Salário Mínimo porque não há dinheiro, mas temos dinheiro para distribuir, com quase nenhuma esperança de receber de volta, para ditaduras comunistas da vizinhança. Mania de grandeza, arrogância de certos governantes, impedem de ter uma visão mais estável dos riscos, há que ter seriedade na condução do pouco dinheiro do nosso povo. Temos compromissos mais urgentes com o Brasil do que com Cuba, com a Argentina. Nossos líderes precisam ter bússula moral, senso do dever, responsabilidade. Ouvi na fatídica Rede Globo, numa apologia ao socialismo:___ Pobre de Cuba, sofrendo sob o bloqueio comercial dos Estados Unidos. Me pergunto: sofrendo? Como assim? O que querem dos Estados Unidos, o maior país capitalista do mundo? Não é melhor o socialismo cubano? Fico confuso. Porque precisam da maior potência do capitalismo para serem livres e prósperos. Hipócritas. Não são americanos que se jogam no mar, com alto risco de vida para fugirem para a gloriosa Ilha. É o contrário. Não insistam na inversão de valores. Não é a banana que come o macaco.
Fugindo do regime ditatorial do assassino Maduro, da Venezuela, chegaram ao Brasil 350.000 venezuelanos. Socialismo é sinônimo de fracasso. Nunca deu certo em nenhum lugar do mundo!
Por Clóvis Medeiros
